No dia 09 de setembro de 2010, reuniram-se, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, representantes dos governos do Brasil e da Argentina para a realização do Seminário Internacional Integração Produtiva no Mercosul: Construindo uma agenda positiva para o Mercosul.
Participaram do evento o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a ministra da Indústria da Argentina, o secretário-executivo e o secretário de Comércio Exterior do MDIC, o presidente do Conselho Federal da OAB, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o embaixador do Uruguai no Brasil, o secretário de Indústria e Comércio da Argentina, o subsecretário para América do Sul, América Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, e a representante da Rede Latinoamericana de Política Comercial (LATN).
O encontro contou com dois painéis. O primeiro sobre integração produtiva no Mercosul e o segundo a respeito das empresas e políticas públicas na integração produtiva em bens no bloco. O seminário está inserido em um cenário em que o Brasil e seus vizinhos têm empregado esforços conjuntos para o fortalecimento da integração na esfera não só comercial, mas também produtiva.
No caso das negociações com a Argentina, que se encontram em estágio avançado, a Secex, a ABDI e o BNDES, com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), trabalham com o objetivo de promover a complementação industrial e a construção de uma agenda comercial entre os dois países, envolvendo setores estratégicos (petróleo e gás, máquinas e implementos agrícolas, aeronáutica, e autopeças) e sensíveis, como eletrodomésticos (linha branca e marrom), madeira e móveis, vitivinicultura e lácteos. Do mesmo modo, diálogos com o Uruguai e a Venezuela também foram iniciados.
Em um panorama econômico internacional marcado pela acirrada competição entre empresas, a fragmentação produtiva se tornou um fenômeno recorrente em diversas partes do mundo. Novos padrões de relações interempresariais surgiram e as cadeias de produção se tornaram complexas e globalizadas. A nova orientação nas empresas passou a priorizar a especialização naquilo em que se é competitivo e a associação a outras organizações mais eficientes naquilo em que se é vulnerável.
De acordo com o secretário de Comércio Exterior do MDIC, "na América Latina, e particularmente no Mercosul, falar em integração produtiva atualmente é de fundamental importância. Complementação industrial e especialização intrasetorial, mais do que indispensáveis ao crescimento de qualquer nação, também correspondem a uma necessidade para aquelas empresas que buscam a inovação, a expansão e a subsequente experiência para vencer os desafios da competitividade no mercado interno e externo".
Segundo o secretário, foi por este motivo que o governo brasileiro definiu os temas da internacionalização de empresas e integração produtiva com a África, a América Latina e o Caribe como programas da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
A integração produtiva no Mercosul supõe o desenvolvimento conjunto de vantagens competitivas intrabloco, de forma que a internacionalização de empresas constitua um mecanismo eficaz para a redução das assimetrias regionais e o desenvolvimento de cadeias produtivas, envolvendo pequenas e médias empresas locais.
Tendo isto presente, o seminário permitiu a democratização da discussão deste tema, de forma que setor público, iniciativa privada e sociedade civil tomem conhecimento do rumo atual das negociações no âmbito do Mercosul e considerem a integração produtiva como uma realidade regional cada vez mais palpável e promissora.
domingo, 17 de outubro de 2010
Seminário Internacional Integração Produtiva no Mercosul: Construindo uma Agenda Positiva para o Mercosul
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