segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dólar fecha com leve alta em dia de baixo volume

SÃO PAULO – O mercado de câmbio teve um pregão de baixo volume de negócios e elevada oscilação de preço. O dólar comercial caiu a R$ 1,563 e subiu a R$ 1,578, antes de terminar o dia valendo R$ 1,573, leve alta de 0,12%.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto ainda encerrou a jornada com leve baixa de 0,10%, a R$ 1,571. O giro caiu de US$ 61,5 milhões para US$ 25,5 milhões.

Também na BM&F, o dólar para maio, ganhava 0,22%, a R$ 1,570, antes do ajuste final. Na mínima, o contrato foi a R$ 1,561 e na máxima a R$ 1,577.

 Conforme notou o operador da Renascença Corretora, José Carlos Amado, o volume foi pouco expressivo hoje, beirando US$ 1 bilhão no mercado à vista. E o que se percebeu ao longo do dia foram agentes aproveitando o preço para recompor posições. Nada que mude a tendência de baixa da moeda americana.

Para o especialista, o mercado deve tomar algum rumo mais definido no decorrer da semana, conforme os mercados na Europa voltam do feriado, e os agentes locais se preparam para a formação Ptax (média das cotações ponderada pelo volume).

A formação da Ptax enseja a briga entre comprados (pró-dólar) e vendidos (pró-real). Vale lembrar que no fim do mês passado a disputa foi acirrada e o BC fez 14 intervenções em uma semana para tentar conter o viés de baixa do real, imposto pelos vendidos.

Para o vencimento desde mês, o quadro é praticamente o mesmo. Temos os investidores estrangeiros vendidos em US$ 19,35 bilhões, em dólar futuro e cupom cambial, e os bancos comprados em US$ 14,76 bilhões.

Cabe notar, ainda, que o preço no futuro segue abaixo da cotação à vista, o que denota a existência de distorção no mercado. Por definição, o preço no futuro é o valor à vista mais um prêmio em decorrência do prazo do contrato.

A explicação para tal fato continua sendo a “seca” de dólar pronto no mercado, ou seja, a oferta de moeda física está baixa, o que acaba elevando seu preço e causando outras distorções no mercado de “casado” (dólar pronto contra futuro) e no cupom cambial (DDI – juro em dólar).

(Eduardo Campos | Valor)

 

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