SÃO PAULO – Os comprados começaram a semana ditando a formação de preço no mercado de câmbio. No entanto, conforme notou o operador da Renascença Corretora, José Carlos Amado, o que se vê é um ajuste técnico, após o tombo de 2,36% registrado na semana passada. Ou seja, já há espaço para colocar no bolso os ganhos registrados com a queda de preço da moeda.
No fim da jornada, o dólar comercial registrava alta de 0,44%, a R$ 1,581 na venda. Na máxima, a moeda foi a R$ 1,585.
Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) o dólar pronto avançou 0,44%, a R$ 1,5815. O volume subiu de US$ 9,5 milhões para US$ 20,25 milhões.
Também na BM&F, o dólar para maio apontava alta de 0,95%, a R$ 1,5865, antes do ajuste final de posições.
Ainda de acordo com Amado, o viés de baixa para o preço da moeda prevalece, mas o movimento de queda deve ser menos intenso do que o observado até o momento em função do patamar de cotação.
Os agentes também acompanham de perto o comportamento dos derivativos de câmbio. Semana passada, a taxa do cupom cambial (DDI – juro em dólar) passou por firme movimento de alta, algo que se repete nesta segunda-feira. De forma simplificada, isso indica que as operações de arbitragem com o real perderam atratividade.
Essa abertura da taxa do cupom está relacionada à extensão do prazo de isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre captações externas por bancos e empresas anunciadas na semana passada. O prazo subiu de um para dois anos, ou seja, só deixa de pagar o imposto quem internar recursos com prazo superior a 720 dias.
O fluxo de recursos no período caiu de forma significativa, reduzindo a oferta de dólar no mercado físico. Com isso há uma alteração nas taxas no mercado futuro. Fica a dúvida, agora, se essa alta na taxa de cupom é apenas transitória ou se irá perdurar por mais tempo.
(Eduardo Campos | Valor) 11/04/2011 17:07
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