Fonte: O Estado de São Paulo
O governo deve compensar os exportadores pelo imposto cobrado em derivativos de câmbio, que encarece as operações de hedge, afirmou ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado.
Mantega afirmou que a hora é de “flexibilizar” as medidas tomadas recentemente para frear a valorização do real. De acordo com ele, a opção pode ser um desconto no Imposto de Renda (IR) equivalente ao que o exportador paga em Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para fazer suas operações de hedge – mecanismo pelo qual é possível uma empresa se proteger contra as oscilações da taxa câmbio.
Apesar disso, o governo continuará a adotar ações de controle de capital, se necessário, para evitar que o real se valorize e prejudique exportadores brasileiros, uma das principais preocupações do governo, segundo o próprio Mantega.
O governo anunciou em 27 de julho a cobrança de 1% de IOF em operações com derivativos de câmbio que aumentem as posições vendidas em dólar no mercado futuro.
Quanto a inflação, Mantega afirmou que o governo não vai afrouxar o controle de gastos que, em sua visão, será essencial para que a política monetária possa ser gerida em melhores condições. Dessa forma, para evitar uma redução da atividade econômica, haverá espaço para que a taxa básica de juros (Selic) caia do atual patamar de 12,50% ao ano.
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