A oferta é grande e a publicidade é gigante. Considerada a segunda melhor data de vendas para o comércio, o dia 12 de outubro chega com um apelo irresistível para os pequenos e suas famílias. Brinquedos, games, bicicletas, aparelhos eletrônicos, telefones celulares, bonecas super hypadas. Há uma infinidade de itens que encantam as crianças e tornam difícil deixar a data passar em branco. Mas como fazer uma comemoração consciente e ainda aproveitar para ensinar noções de educação financeira a este público?
Quem dá as dicas é Lavínia Martins, certificada CFP® e sócia da Finplan. A consultora acredita que os pais devem estabelecer limites de gastos com o presente do Dia das Crianças e ainda um “valor” para a data, em acordo com os filhos. Por exemplo: se o aniversário é a data mais importante, então o Dia das Crianças tem um peso menor. Se eles têm essa informação, não há tanta frustração por não ganhar o presente escolhido.
Diante disso, deve-se determinar quanto vai gastar com os presentes dos filhos e expor a eles a limitação do orçamento doméstico, de forma que a criança aprecie o que ganha e veja o impacto do presente nas finanças da família. “A data pode ser usada como forma de educação financeira das crianças”, diz Lavínia.
Resolvida essa parte, é importante partir para pesquisas de preço. Muitas lojas expõem suas ofertas na internet e alguns institutos especializados aproveitam a data para fazer levantamentos de preços. Comprar à vista é sempre melhor que a prazo, mas, se não for possível, a dica é buscar financiamentos sem juros. “Pensar no presente com antecedência também evita a compra por impulso, que acaba gerando dívidas”, acrescenta a consultora.
Outro aspecto interessante apontado por Lavínia é demarcar o Dia das Crianças como o início de uma forma de poupança para aquela criança. Se o pai abrir uma poupança com R$ 100 para a criança de 10 anos e, mensalmente, depositar este mesmo valor durante a próxima década, considerando um rendimento de 0,5%, o futuro jovem terá uma reserva de R$ 46.535 para dar entrada em um apartamento, custear os estudos na universidade ou comprar um bem de valor maior.
Caso o valor seja alto, pode começar com R$ 50. Depositando esse valor todo mês, o seu filho terá aproximadamente R$ 23 mil quando completar 20 anos (considerando 0,5% de juros mensais). É um bom caixa para ingressar na vida adulta.
Lavínia ressalta que, independente do valor a ser depositado, o importante é manter a disciplina de, todo mês, colocar algum dinheiro e incentivar a criança/jovem a poupar. “Se você abre uma poupança para o filho com R$ 100 e depois se esquece disso, em dez anos este valor será de R$ 331, o que é pouco atrativo, além de se perder a oportunidade de mostrar a disciplina de poupar”, afirma. Pense nessa possibilidade antes de sair eufórico às compras do Dia das Crianças.
Edição 69 - 20/9/2010 – Site: Comoinvestir
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