quarta-feira, 16 de junho de 2010

Apoio às micro e pequenas empresas exportadoras

Qui, 10 de Junho de 2010 Por: Universia

As micro e pequenas empresas responderam por 48% das exportações em 2008, com faturamento total de US$ 2,3 bilhões. No entanto, para aproveitar esse potencial o empresário precisa preparar sua empresa. Para tanto, pode contar com algumas iniciativas capitaneadas pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e pela APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). O objetivo é incentivar e auxiliar a empresa candidata a exportação em todas as etapas do longo caminho a ser percorrido em direção ao mercado internacional.

Para empresas no estágio inicial, quando ainda se está levantando as informações sobre como exportar, a recomendação é começar pelo Aprendendo a Exportar. Trata-se de uma ferramenta interativa e didática que, além de um passo a passo bastante detalhado de como vender para o mercado internacional, disponibiliza simuladores de formação de preço e de registro de operação no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) e o modelo de um fluxograma de exportação.  O endereço traz ainda conteúdos setoriais das orientações voltados para a exportação de Gemas e Jóias; Alimentos; Artesanato; Calçados; Confecções; Flores e Plantas Ornamentais; Máquinas e Equipamentos, Móveis e Pescados.

Após a absorção dos conceitos básicos relacionados à exportação, um treinamento técnico presencial pode ajudar nas dúvidas mais específicas. A Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior oferece de forma gratuita dois cursos, o Treinamento para Empresário de Pequeno Porte (EPP) e o Curso Básico de Exportação. Basta se inscrever seguindo as orientações do site e aguardar a formação de turmas (é preciso que haja no mínimo 30 interessados).

Já informações gerais e as últimas notícias relacionadas ao tema podem ser encontradas no Portal do Exportador. O destaque é o serviço Fala Exportador: trinta técnicos do MDIC respondem as dúvidas enviadas, atendendo a mais de 19 mil consultas por ano. Já o Radar Comercial é um instrumento de consulta e análise de dados relativos ao comércio exterior, que permite a identificação de mercados potenciais para produtos brasileiros.

Outra forma de ter acesso a dados e tendências é participar dos Encontros de Comércio Exterior, promovidos desde 1997. Já foram realizados 140 encontros do tipo, em mais de 80 cidades, possibilitando a participação em seminários, painéis, oficinas e palestras sobre o assunto. Os próximos estão agendados para os dias 14 e 15 de Julho em Recife e 31 de agosto e 1º de setembro em Porto Alegre.

Quando chega o momento de se apresentar ao mercado externo, a pequena empresa pode contar com a Vitrine do Exportador. Em português, inglês, francês, espanhol e japonês, o site faz a promoção de empresas exportadoras ou potencialmente exportadoras para importadores de todo o mundo. Atualmente, o endereço reúne a informação de mais de 25 mil empresas que já exportam e cerca de mil potenciais. Para expor, é só solicitar a adesão pelo próprio site e, uma vez aprovada a entrada, construir sua própria vitrine virtual, apresentando seus produtos e serviços e formas de contato. O serviço é totalmente gratuito.

Há ainda a chance de ter assessoramento completo de todo o processo de entrada em um mercado estrangeiro. O projeto Primeira Exportação, que está sendo implementado paulatinamente, é voltado para ajudar de forma concreta a empresa realizar sua primeira remessa, passo a passo. Especialistas ajudam a analisar tudo o que é necessário, desde qual o melhor destino, orientação para certificações, pesquisas de mercado. Estudantes dos últimos anos do curso de Comércio Exterior de universidades públicas da região também são envolvidos no projeto e atuam como Agentes de Comércio Exterior, acompanhando todo o trabalho. Até agora, 180 empresas participaram. Para participar do processo seletivo, a inscrição deve ser feita no site. “Neste caso, a empresa tem de assumir o compromisso de que irá seguir as recomendações indicadas, o que pode exigir algum tipo de investimento em seus processos”, explica Fábio Martins Faria, diretor do Departamento de Planejamento da Secretária de Comércio Exterior do MDIC.

Ser uma das 10.363 empresas apoiadas pela APEX também ajuda. Em 2009, foram 842 eventos variados realizados pela agência em 200 países, como feiras, missões comerciais, convites a jornalistas estrangeiros para conhecerem como é a produção de determinado item no Brasil, desfiles de moda, entre outros. As ações estão voltadas para 74 setores com alto potencial para exportação e toda a agenda pode ser conferida no site. O órgão também faz atendimento presencial para os empreendedores com dúvidas, disponibilizando dez unidades de atendimento (endereços disponíveis no site).

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