GIULIANA VALLONE
da Folha Online
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A entrada atípica de pessoas no mercado de trabalho em fevereiro fez gerou um crescimento na taxa de desemprego do país no mês passado, de acordo com dados da Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O índice subiu para 13% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, acima dos 12,6% em janeiro.
Os números mostram que o aumento de 90 mil no número de desempregados no mês resultou da abertura de 25 mil vagas e da entrada de 116 mil pessoas na força de trabalho. "O clima é de relativo otimismo com a economia, então as pessoas vão para o mercado de trabalho", afirmou Alexandre Loloian, coordenador técnico da equipe de análises da Fundação Seade. "Geralmente em fevereiro as pessoas estão saindo do mercado."
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Na região metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego também subiu, passando de 11,8% em janeiro para 12,2% em fevereiro, ainda assim a menor taxa para o mês desde 1992. O nível de ocupação na região cresceu 0,5% no mês, registro praticamente inédito em meses de fevereiro, afirmou Loloian.
Para ele e Sérgio Mendonça, supervisor da pesquisa no Dieese, beneficiada pela melhora das condições neste ano, a taxa em São Paulo deve voltar a ter apenas um dígito até o final do ano, classificando-se como o melhor número em cerca de 20 anos. "Uma taxa em torno de 10% não é nada para se comemorar, ainda é alta. Mas é favorável", afirmou Mendonça.
Carteira assinada
Loloian e Mendonça ressaltaram também a importância da geração de vagas com carteira assinada no país. "Em cada dez postos criados atualmente, oito são com carteira assinada", afirmou o coordenador do Dieese. "As vagas com carteira crescem e as sem carteira caem. Está havendo uma troca."
O número de trabalhadores com carteira assinada no país registrou crescimento de 1,5% em fevereiro ante janeiro, o equivalente a 127 mil pessoas. Já a quantidade de vagas informais caiu 2,3%, em 41 mil.
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